Os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgados pelo IBGE na quinta-feira (10), indicam que houve uma queda na produção estimada para maio em relação ao mês de abril. A diferença de 1,7 milhão de toneladas se deu por conta da colheita de soja, que teve que ser atrasada e resultou no encurtamento da janela de plantio do milho. A falta de chuva nos estados produtores também afetou a produção.
A agricultura do País tem enfrentado quedas frequentes na produção mensal, mas, mesmo assim, os cultivos chegam a aumentar cerca de 3,4% em comparação à safra de 2020. A estimativa deste ano é que a produção de cereais, leguminosas e grãos atinja um total de 262,8 milhões de toneladas, em contraste aos números do ano passado, que atingiram 254,1 toneladas.
Além disso, espera-se um aumento de 3,9% no total de área a ser colhida em relação ao ano de 2020.
A safra de milho, no entanto, sofreu quedas em todos os quesitos. Em comparação com o mês de abril, a safra teve redução de 4,4%, parecida com a redução em comparação ao mês de maio de 2020, que foi de 4,3%. Mesmo com o aumento de 6% na área plantada e 6,2% a mais de área colhida, a produção total deve cair 3,9% em relação ao ano anterior.
Já para a soja, principal produção no Brasil, o aumento esperado é de 9,4% comparado ao ano passado. A safra deve bater recorde de produção, chegando a 132,9 milhões de toneladas. O preço do produto no mercado internacional teria favorecido o aumento, segundo o IBGE.
O café deve ter aumento de 4,3% em comparação à safra de abril, mas ainda apresenta queda de 21% em relação à safra anual. Por ser uma cultura que produz muito em um ano e menos no ano seguinte, é de se esperar que essa redução aconteça, de acordo com o IBGE.
A safra de feijão deste ano será suficiente para abastecer o mercado interno. Estima-se que a produção atinja 2,9 milhões de toneladas. A previsão é que a safra continue estável, rendendo pouco menos do que a safra do ano anterior.
Outras culturas, como o cacau e o algodão, também sofreram quedas em relação ao mês de abril, totalizando 269,1 mil toneladas a menos de cacau e 5,7 milhões de toneladas a menos de algodão.
No entanto, outras produções tiveram aumentos, como o trigo (572,2 mil toneladas), a castanha-de-caju (8,3 mil toneladas), a aveia (39,2 mil toneladas) e a cevada (8,2 mil toneladas).
Quatro regiões do País aumentaram suas produções: Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. A região Centro-oeste, que corresponde a quase metade da produção nacional (45,5%), sofreu queda de 1,8% na estimativa das safras do ano.
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